“Finalmente surgiu a rapariga. O rapaz aproximou-se dela, então foi como se o tempo parasse e a alma do mundo surgisse com toda a força diante do rapaz. Quando ela olhou os seus olhos negros, os seus lábios indecisos entre um sorriso e o silêncio, compreendeu a parte mais importante e mais sábia da linguagem que o mundo falava, e que todas as pessoas da terra eram capazes de escutar nos seus corações. E isso era AMOR, uma coisa mais antiga que os homens e que o próprio deserto, e que, no entanto, ressurgia sempre com a mesma força onde quer que os dois pares de olhos se cruzassem como se cruzaram aqueles dois pares de olhos diante de um poço. Os lábios finalmente resolveram dar um sorriso, e aquilo era um sinal, o sinal que ele esperou sem saber durante tanto tempo na sua vida, que tinha buscado nas ovelhas e nos livros, nos cristais e no silêncio do deserto. Tudo o que o rapaz entendia naquele momento era que estava diante da mulher da sua vida, e sem nenhuma necessidade de palavras, ela devia saber disso também.”
Paulo Coelho in “O Alquimista”
segunda-feira, 15 de junho de 2009
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